sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vincent e o Corvo


Ora, vejam só
Agora Vincent não se sente mais só.
Pois arranjou uma companhia
que aceitasse todas as suas manias

Ele era o corvo,
preto e grande
Com olhos profundos
que escondiam a verdade

Eles conversavam sobre tudo
Ou mesmo quase tudo.
Mas o corvo nunca lhe respondia
Pois parecia ser mudo.

Então Vincent o odiou,
por grandes 10 segundos
pois ele não gostou
que não participasse de seus mundos

O mundo cruel
Que o abandonara,
como o réu
de acusações frustradas.

Mas vejam só
O periquito da família
Não era nada preto
Pois só Vincent o via.

O corvo não o odiava
Pois gostava de escutar
Vincent e sua flauta

O corvo...
Pobre corvo...
Vincent queria mata-lo
Vincent queria estrangula-lo

Vincent ainda não sabia
Se sua alma era verdadeira
Pois tinha que saber escolher
Para pô-la em seu museu de cera.

Mas sua mãe não deixaria
mata-lo assim...
Mata-lo.
Mata-lo
Mata-lo

Isso ecoava em sua cabeça
Sentia tudo a sua volta
Oscilar sob sua caderneta
que escrevia seu pensamento
pensamento agourento
que sempre vinha lento
como o calmar do vento.

Mas nada disso acontecia
Vincent era só uma criança
Que adorava invetar histórias
somente em sua cabeça

Mas não...
não devermos nos precipitar
pois o corvo estava ali
estava a o fitar
querendo o tirar dali

Vincent, louco Vincent
não sabe se é Malloy ou mesmo Price

Vincent, louco Vincent
prefere assim viver
um pesadelo que cabe a ele escolher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário