domingo, 11 de dezembro de 2011
Vincent e sua Cegueira
Ótimo!
Vincent pensou
O que aconteceu com tudo?
E então um pensamento brotou
extremamente do fundo
de sua mente perturbada
Que não distinguia a ficção da realidade
Podre insanidade.
Andava com os olhos fechados
em um corredor escuro
como um navio naufragado
tentando emergir de um sonho profundo
Das paredes saiam punhos e mão
com dedos sangrando
Tentando o segurar
Para leva-lo a imensidão.
Imensidão do sono profundo
Como pode ser?
Mergulhar num mar de incertezas
Sem saber por que?
Vincent era muito novo
Novo para esse pesadelo
então abriu seus olhos
e viu o sol batendo
Forte, muito forte
Iria o queimar
Esqueça disso Vincent
Você ainda pode se recuperar
Mas ele gostava da sensação
tristeza, melancolia e solidão.
Deixe disso garoto,
Disse sua mãe.
Você não sabe a hora de parar,
com essas brincadeiras, e se lamentar.
O dia está lindo
Vá para fora,
E como um garoto normal brincar.
Então ele andou pelo corredor estreito
A porta, muito longe podia avistar
Ia se cansando aos poucos
Até que começou a se arrastar
A porta estava cada vez mais longe
Longe, longe e longe
Isso não é normal,
Eu preciso chegar ao destino final.
A rua...
rua da amargura.
Então chegou.
Tentou se inclinar para pegar na maçaneta
Mas ela ficava muito no alto,
Ele podia vê-la longe
Então pensou em dar um salto
Alcançou.
A maçaneta girou,
e o sol avistou.
Um brilho repentino atingiu seus olhos
Cego ele ficou
Tentou tatear o chão,
E então para o mundo se desculpou:
Oh mundo cruel,
Sinto muito por tudo
Sei que não fui fiel
Em seu mundo mudo
Agora irei aqui apodrecer
E esperar que um dia me desculpes
Por ter me deixado aqui morrer
Foi quando sua mãe o interrompeu novamente:
O que falas garoto?
Estás ficando doido?
Pare de frescura
Parece que um maniaco está surgindo
Em sua personalidade
Pare com isso, não é verdade.
Foi então que sua visão retornou
Podia ver tudo novamente
Sua mãe braba a seu lado.
Foi quando finalmente
Percebeu que fora um erro.
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